Conforme simplificação apresentada neste link, até este ponto as lajes foram consideradas isoladas. Porém, no cálculo de momentos fletores em condições de apoio engastadas, onde há a presença de momentos fletores negativos, é comum ocorrer discrepância entre os valores encontrados em um mesmo engaste onde há duas lajes engastadas, conforme ilustrado nas FIG. 1 e 2. Neste caso, a ABNT NBR 6118:2014 no item 14.7.6.2 permite que seja utilizada a simplificação citada acima, se realizada a compatibilização destes momentos sobre os apoios de forma aproximada.
Figura 1 - Momentos fletores atuantes em duas lajes engastadas
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 2 - Momentos fletores antes da compatibilização
Fonte: Elaborada pelo autor.
Para compatibilização dos momentos fletores negativos, é usual a adoção do maior valor obtido entre as equações 1 e 2.
Em que X1 e X2 são os momentos fletores negativos atuantes no mesmo engaste.
Em que X é o maior valor entre X1 e X2.
Consequentemente a esta compatibilização dos momentos fletores negativos, pode-se reduzir ou aumentar os valores dos momentos fletores positivos, conforme ilustrado na FIG. 3. É importante ressaltar que usualmente as reduções são descartadas e os aumentos adotados.
Figura 3 - Envoltória de momentos fletores antes e depois de compatibilização
Fonte: Elaborada pelo autor.
Para compatibilização dos momentos fletores positivos, é usual adotar o maior valor entre as equações 3 e 4.
Em que:
Mi é o momento fletor positivo inicial;
Xi é o momento fletor negativo inicial; e
X* é o momento fletor negativo após compatibilização.
Os momentos fletores compatibilizados são representados conforme ilustrados nas FIG. 4 e 5.
Figura 4 - Momentos fletores atuantes em duas lajes engastadas após a compatibilização
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 5 - Momentos fletores após a compatibilização
Fonte: Elaborada pelo autor.
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